por Clementine Tangerina, em 27.05.09
Dizer "amo-te" custa, principalmente quando se declara a alguém que se está totalmente possuído por amor e que já não se consegue respirar, acordar, comer, dormir sem pensar na outra pessoa.
Usar a palavra "amo-te" não é fácil, tem uma carga emocional que se torna pesada. Mas depois de dita uma primeira vez, depois acaba por se tornar num simples "bom dia".
Há pessoas que não lidam bem com as palavras derivadas do "AMOR", não as gostam de prenunciar nem as gostam de ouvir. Foi-me justificado recentemente que talvez pelo facto de no passado não ser muito comum se ouvir os casais a mencionarem isso publicamente. As demonstrações de amor em algumas épocas da história não eram muito comuns, se falarmos com os nossos pais e avós eles confirmam esta minha teoria.
Talvez o cinema tenha ajudado a que se aprendesse a usar a palavra "amo-te" sem vergonhas nem receios. Aprendeu-se com o cinema a investir nas declarações de amor e em sonhar com o outro.
Amar passou a ser um dos sentimentos mais vistos no cinema, e por sua vez passou a ser visto como um dos sentimentos mais importantes que o ser humano pode sentir na vida.
O "amo-te" talvez com o tempo tenha perdido o seu devido valor. Dizer "amo-te" não é nem nunca será um "adoro-te". "Amo-te" será eternamente "amo-te" e será sempre o principio de algo inesquecível. Amo-te!