por Clementine Tangerina, em 07.05.07
Ser mãe, foi algo que confesso nunca desejei seriamente. Primeiro porque sempre achei que as crianças nunca nutriam um sentimento muito forte por mim, pelas reacções que tinham quando em mais nova me aproximava delas, e depois porque nunca tinha tido uma relação suficientemente estavel para dizer que "é este o momento...", "vamos em frente e que corra tudo bem".
Presentemente a minha opinião mudou por completo. Adoro crianças, consigo fazer valentes amizades com elas, e até já tenho uma fã no outro lado do oceano. Quando fui a Cabo Verde em Dezembro, conheci a Natacha, uma jovem caboverdeana linda de morrer, com quem brinquei muito nos dias que lá estive. Abracei-a muito, nadamos muito nas águas da Cidade Velha (Praia), meti-lhe muito perfume (que ela amava) e até dançamos juntas. Ali nasceu uma amizade sincera, e passados quatro meses quando a minha familia liga para lá, a primeira coisa que se ouve é a Natacha a gritar de alegria por falar com a amiga de Portugal.
Hoje num centro de estetica, perguntaram-me "...está grávida ou a amamentar?..." e eu tristemente disse "não...ainda não". A ficha caiu e ai percebi que tudo tem o seu timing...apesar do relógio biologico não pará e quando tem que ser, é!
É bom quando sentimos vontade de sermos mães e de construirmos a nossa própria familia. Algo se inicia, uma nova vida, novos projectos, muita dor de cabeça (eu sei...) mas muitas alegrias são vividas.
E eu quero vive-las!
Lenine - Paciência